segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A cartilha do Campeonato Varzearinense


Campeonato de tiro curto não permite bobeira.
Por mais que o varzearinense comece enquanto a boleirada ainda está se recuperando dos festejos de fim de ano, a busca e encontro do ritmo e padrão de jogo ideal tem que ser mais rápida do que eram as arrancadas do Wellington Nem.

Nesse quesito, a Indiarada tá executando com louvor todo o be-a-bá descrito na cartilha do sucesso para campeonatos deste tipo.
Começaram a preparação antes dos demais, e fizeram prevalecer o preparo físico superior, impondo-se com velocidade e efetividade sobre os adversários. Só conheceram a derrota neste campeonato uma única vez, justamente contra o Maior de Santa Catarina. Diga-se de passagem, esta foi a única partida que realmente jogamos bem. Um primeiro tempo excelente, e um segundo tempo que deu para o gasto.

Campeonato varzearinense pode não servir de parâmetro para o campeonato nacional, mas sem dúvidas diz muita coisa sobre como será o desempenho do time ao longo do ano.
Nosso embate regional é disputadíssimo, times do interior fazem os grandes tropeçarem não apenas nos gramados de qualidade questionável, mas em adversários teoricamente inferiores que acabam roubando pontos que fazem falta na reta final.

O jargão surrado já propaga que o futebol é uma caixinha de surpresas, em Santa Catarina ele é praticamente uma Caixa de Pandora. A menor bobeada é o suficiente para ceifar dos ditos grandes, maiores perspectivas dentro do certame barriga verde.
Dito isto, ponderemos:

A galera do supermercado tinha a obrigação de, mesmo com uma preparação prévia inferior a da indiarada, entrar rasgando no campeonato varzearinense. Time que está na série A conta com um orçamento significativamente superior aos demais, isso precisa fazer a diferença não apenas no bolso dos cartolas, mas também com a bola rolando.
Lembrem-se, alvinegrada, nosso tri-campeonato (2002-2003-2004) veio após nosso primeiro acesso e, mesmo quando não levantamos o caneco, o catarinense nunca foi um bicho papão para a galera do Estreito, em todas as edições dos últimos 15 anos nos mantivemos nas cabeças da tabela de classificação. Ano passado, mesmo tendo caído na série A, fizemos uma campanha excelente no varzearinense. Não levantamos o caneco por que alguma coisa ainda misteriosa certamente rolou nos bastidores. Tudo bem que a turma da paquita jogou muita bola e mereceu o seu décimo sexto título regional, mas a apatia com que jogamos as duas partidas não condiz com o futebol que levou os meninos do Branco até a final. Aliás, a própria turma da paquita serve de exemplo para a galera do supermercado, só saíram da longa fila de espera por um título regional, após o acesso à série A, faturando dois títulos consecutivamente.

Se a bola praticada não é suficiente para levar um dos turnos, tem que – no mínimo – acumular uma pontuação que permita a vaga nas semifinais pelo índice técnico.
Neste ponto vamos muito bem, obrigado.

Nosso futebol está longe de encher os olhos da torcida e, mais do que isso, nos preocupa bastante ao pensarmos que a Série B já está se avizinhando. Contudo, mesmo jogando uma bolinha meia bomba, a alvinegrada do Adilsão está acumulando importantes pontos. Temos apenas duas derrotas (galera da oktober e galera do supermercado), nos confrontos diretos contra os ditos grandes, acumulamos duas vitórias (indiarada e turma da paquita), um empate (bailarinas) e uma derrota (galera do supermercado).
Diante da regra esdrúxula que rege nosso campeonato varzearinense, ganhar um dos turnos pouco importa – vide ano passado -, mas acumular pontos suficientes para a classificação pelo índice técnico pode oferecer o conforto necessário que a equipe precisa para, na hora do mata-mata, fazer valer o peso da camisa.

Por esta ótica, se fizermos valer nosso mando de campo e a tradição das belas cores alvinegras, mesmo que o Hélder esteja em campo e que o Toscano erre até o nome da sua mãe, precisamos garantir os 3 pontos contra o time da WEG.
Com mais uma vitória, nos distanciaremos 7 pontos de um dos outros dois que atualmente estão entre os 4 primeiros da tabela, e praticamente asseguramos nossa vaga pelo índice técnico, ainda mais com o sofrível desempenho dos outros 3 que, em tese, estariam brigando pela ponta também.

Ainda mantendo a análise neste ponto, bailarinas, galera do supermercado e, principalmente a turma da paquita, já devem estar bem preocupados, especialmente se o resultado do jogo atrasado que disputarão na quarta-feira, seja qualquer um diferente da vitória. Aí, amiguinho, pode escrever, a casa vai cair lá na Tapera, Sérgio Soares vai vazar do sul da ilha, e provavelmente irão flertar o Gilmar Dalpozo, técnico da Indiarada e que, há pouco mais de dez anos, defendeu a meta do mangue. Se perderem para o Bugre da Pinheira, a chance de entrarem pelo índice técnico será tão real quanto a do próprio Guarani, ou seja, bem pequena.
Com o desempenho que tiveram até aqui, chegará o momento em que para garantirem uma vaga nas semifinais, precisarão assegurar o título do returno, pois pelo índice técnico vai ser complicado. E para prejudicar ainda mais a vida desse povinho mal vestido, os irmãos menores do varzearinense farão de tudo para garantirem nesta reta final uma vaguinha para a série D, logo, ninguém terá vida fácil.

Resumo da ópera: não há por que fazer beicinho por não termos levado o turno. Nossa pensamento deve estar em continuar pontuando bem, e melhorar o futebol praticado na Avenida Santa Catarina. Já que estamos com uma boa gordurinha, precisamos preparar o time para o mata-mata, pois a maneira que terminarmos o varzearinense 2013, certamente nos mostrará o modo como disputaremos a Série B.
Do jeito que temos jogado, terminaremos 2013 brigando com o Asa de Arapiraca por uma posição sem importância no meio da tabela, mas podemos e devemos brigar por algo mais.

Saudações Alvinegras!

Nenhum comentário: