Campeonato de tiro curto não
permite bobeira.
Por mais que o varzearinense
comece enquanto a boleirada ainda está se recuperando dos festejos de fim de
ano, a busca e encontro do ritmo e padrão de jogo ideal tem que ser mais rápida
do que eram as arrancadas do Wellington Nem.
Nesse quesito, a Indiarada tá
executando com louvor todo o be-a-bá descrito na cartilha do sucesso para
campeonatos deste tipo.
Começaram a preparação antes dos
demais, e fizeram prevalecer o preparo físico superior, impondo-se com
velocidade e efetividade sobre os adversários. Só conheceram a derrota neste
campeonato uma única vez, justamente contra o Maior de Santa Catarina. Diga-se
de passagem, esta foi a única partida que realmente jogamos bem. Um primeiro
tempo excelente, e um segundo tempo que deu para o gasto.
Campeonato varzearinense pode não
servir de parâmetro para o campeonato nacional, mas sem dúvidas diz muita coisa
sobre como será o desempenho do time ao longo do ano.
Nosso embate regional é
disputadíssimo, times do interior fazem os grandes tropeçarem não apenas nos
gramados de qualidade questionável, mas em adversários teoricamente inferiores
que acabam roubando pontos que fazem falta na reta final.
O jargão surrado já propaga que o
futebol é uma caixinha de surpresas, em Santa Catarina ele é praticamente uma
Caixa de Pandora. A menor bobeada é o suficiente para ceifar dos ditos grandes,
maiores perspectivas dentro do certame barriga verde.
Dito isto, ponderemos:
A galera do supermercado tinha a
obrigação de, mesmo com uma preparação prévia inferior a da indiarada, entrar
rasgando no campeonato varzearinense. Time que está na série A conta com um
orçamento significativamente superior aos demais, isso precisa fazer a
diferença não apenas no bolso dos cartolas, mas também com a bola rolando.
Lembrem-se, alvinegrada, nosso
tri-campeonato (2002-2003-2004) veio após nosso primeiro acesso e, mesmo quando
não levantamos o caneco, o catarinense nunca foi um bicho papão para a galera
do Estreito, em todas as edições dos últimos 15 anos nos mantivemos nas cabeças
da tabela de classificação. Ano passado, mesmo tendo caído na série A, fizemos
uma campanha excelente no varzearinense. Não levantamos o caneco por que alguma
coisa ainda misteriosa certamente rolou nos bastidores. Tudo bem que a turma da
paquita jogou muita bola e mereceu o seu décimo sexto título regional, mas a
apatia com que jogamos as duas partidas não condiz com o futebol que levou os
meninos do Branco até a final. Aliás, a própria turma da paquita serve de
exemplo para a galera do supermercado, só saíram da longa fila de espera por um
título regional, após o acesso à série A, faturando dois títulos
consecutivamente.
Se a bola praticada não é
suficiente para levar um dos turnos, tem que – no mínimo – acumular uma
pontuação que permita a vaga nas semifinais pelo índice técnico.
Neste ponto vamos muito bem,
obrigado.
Nosso futebol está longe de
encher os olhos da torcida e, mais do que isso, nos preocupa bastante ao
pensarmos que a Série B já está se avizinhando. Contudo, mesmo jogando uma
bolinha meia bomba, a alvinegrada do Adilsão está acumulando importantes
pontos. Temos apenas duas derrotas (galera da oktober e galera do supermercado), nos
confrontos diretos contra os ditos grandes, acumulamos duas vitórias (indiarada
e turma da paquita), um empate (bailarinas) e uma derrota (galera do
supermercado).
Diante da regra esdrúxula que
rege nosso campeonato varzearinense, ganhar um dos turnos pouco importa – vide ano
passado -, mas acumular pontos suficientes para a classificação pelo índice
técnico pode oferecer o conforto necessário que a equipe precisa para, na hora
do mata-mata, fazer valer o peso da camisa.
Por esta ótica, se fizermos valer
nosso mando de campo e a tradição das belas cores alvinegras, mesmo que o
Hélder esteja em campo e que o Toscano erre até o nome da sua mãe, precisamos
garantir os 3 pontos contra o time da WEG.
Com mais uma vitória, nos distanciaremos
7 pontos de um dos outros dois que atualmente estão entre os 4 primeiros da
tabela, e praticamente asseguramos nossa vaga pelo índice técnico, ainda mais
com o sofrível desempenho dos outros 3 que, em tese, estariam brigando pela
ponta também.
Ainda mantendo a análise neste
ponto, bailarinas, galera do supermercado e, principalmente a turma da paquita,
já devem estar bem preocupados, especialmente se o resultado do jogo atrasado
que disputarão na quarta-feira, seja qualquer um diferente da vitória. Aí,
amiguinho, pode escrever, a casa vai cair lá na Tapera, Sérgio Soares vai vazar
do sul da ilha, e provavelmente irão flertar o Gilmar Dalpozo, técnico da Indiarada
e que, há pouco mais de dez anos, defendeu a meta do mangue. Se perderem para o
Bugre da Pinheira, a chance de entrarem pelo índice técnico será tão real
quanto a do próprio Guarani, ou seja, bem pequena.
Com o desempenho que tiveram até
aqui, chegará o momento em que para garantirem uma vaga nas semifinais,
precisarão assegurar o título do returno, pois pelo índice técnico vai ser
complicado. E para prejudicar ainda mais a vida desse povinho mal vestido, os
irmãos menores do varzearinense farão de tudo para garantirem nesta reta final
uma vaguinha para a série D, logo, ninguém terá vida fácil.
Resumo da ópera: não há por que
fazer beicinho por não termos levado o turno. Nossa pensamento deve estar em
continuar pontuando bem, e melhorar o futebol praticado na Avenida Santa Catarina.
Já que estamos com uma boa gordurinha, precisamos preparar o time para o
mata-mata, pois a maneira que terminarmos o varzearinense 2013, certamente nos
mostrará o modo como disputaremos a Série B.
Do jeito que temos jogado,
terminaremos 2013 brigando com o Asa de Arapiraca por uma posição sem
importância no meio da tabela, mas podemos e devemos brigar por algo mais.
Saudações Alvinegras!
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