terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Tá bom, mas não tá


Chega de clássico, vencer delas é sempre divertido, mas não podemos tomar por redenção a vitória conquistada em um jogo fraco tecnicamente em cima de um adversário desinteressado na partida.
Ganhar da turma da paquita é sempre bom, mas se nosso objetivo é levantar o caneco e voltarmos à disputa pela hegemonia no certame regional, muita coisa precisa ser melhorada.

Somos os únicos com alguma possibilidade de tirar o turno da Indiarada, e talvez até consigamos se eles derem bobeira, mas um triunfo nessa altura do campeonato pode acabar mascarando muita coisa que precisa ser melhorada (vide 2008 e 2012).
Embora estejamos lá em cima, conquistamos algumas vitórias em jogos sofríveis e temos melhorias urgentes a serem feitas. Nossa lateral tá parecendo a Ponte Hercílio Luz, sempre em reforma, mas nunca fica pronta. O Peter já mostrou que não leva jeito pra coisa, e o Hélder, bem, o Hélder é aquilo mesmo, já sabemos há tempos. Pode chamar de pereba, dizer que não sabe cruzar, que é frouxo na marcação, o que for, só não vá dizer que o rapaz é mentiroso, pois ele deixou isso tudo claro desde sempre. Tínhamos o Marquinhos, da base, que na minha apurada percepção futebolística, poderia ter sido aproveitado, testado no catarinense para, quem sabe, acontecer na Série B. Lembram do Lucas? Mas preferiram emprestá-lo para o Sobradinho para ganhar quilometragem rodada. Meu amigo, na boa, se é para o moleque ganhar experiência empresta para algum do interior de São Paulo. Lá, pelo menos ele enfrentará Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos e outros mais enfezadinhos, como tem se mostrado a Ponte Preta no Paulistão deste ano. Mas, para o Sobradinho? Jogando contra: Legião, Ceinlandense, Luziania, Unaí??? O máximo que ele vai conseguir é cancha para encarar um Concórdia ou União de Timbó.

Colocar o Maylson na direita pode quebrar um galho, mas sacrifica um cara que poderia se destacar mais na função que era a dele, e sempre que jogou lá, fez boas infiltrações e ainda marcou dois gols. Ao que me consta, André Rocha é o novo candidato para o trono de Bruno, nosso Papa da lateral direita que renunciou para passear nas Laranjeiras. Vamos ver se dessa vez, com André Rocha, sai a fumacinha branca.
Creio que também um pouco de ousadia pode nos cair bem. Ao invés de Felipe Nunes, Danilinho, que tal dar uma chance para o Dolem? Vai que a sagrada camisa de FernanDEZ encontre um sucessor vindo das gramas da Palhoça?

Não temos preparação física, temos preocupação física. A elegante galera de preto e branco não teria pique para aguentar uma correria como foi o jogo das Bailarinas X Galera do Supermercado. Puta jogaço, aliás!
Enfim, a pontuação está legal, temos mesmo que acumular a gordurinha, mas sinceramente, prefiro que a gente entre pelo índice técnico do que pela conquista de um dos turnos. Não ficar em primeiro vai nos servir um belo prato de cautela e fincar os pés da galera de preto e branco no chão.

Já passou da hora dos meninos de Adilsão passarem a correr como Soares e Carlos Alberto, desarmar e sair jogando como Rodrigo Souto, armar como Marquinhos Paraná e botar a bola pra dentro como Cícero e Schwanke, do mesmo jeitinho que ele fez em 2006.

Fato é que, com o primeiro turno já praticamente terminado, não podemos nos contentar com apenas 45 minutos jogados do jeito que gostaríamos de ver nosso time jogando sempre, como foi no primeiro tempo contra a Chapecoense. Aquela deve ser a nossa regra, não a exceção.

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