Não pude comparecer ao Scarpelli
no jogo do último sábado, o fatídico empate contra o time da WEG.
Contudo, encerrado o primeiro
turno algumas análises já são possíveis.
Nosso time pontuou muito bem, mas
jogou muito mal.
Precisamos de uma revolução no
futebol praticado até aqui, ou estaremos fadados a uma participação coadjuvante
nas semifinais. Pela pontuação adquirida, estamos totalmente credenciados a uma
das três vagas restantes, será difícil não estarmos lá, mas se continuarmos com
a mesma bolinha murcha, chegar as finais será pouco provável.
Adilson Batista prometeu no
início do ano, que o time estaria jogando bem entre a quinta e sexta rodada.
Não cumpriu a promessa. Sim, nosso time já está meio definido, já sabemos
razoavelmente bem quem são os preferidos do Adilsão, mas eles não têm feito jus
à bela camisa que vestem. Entendo, não é tarefa simples dividir os coletes de
titulares num time totalmente novo, sem uma base da temporada anterior, e
esperar que este amontoado de boleiros já apresente alguma coisa parecida com
bom futebol de imediato.
Contudo, algumas coisas já se
desenham. Nossa zaga está definida, e não é ruim. Sim, pecou em alguns
momentos, mas nada que desabone a média geral das atuações de Douglas Silva e
Thiego.
Nossos volantes não convencem. A
exceção de Tinga, todos os outros testados deixaram muito a desejar. A torcida
é quase unânime na opinião de que, no atual elenco, o jovem Jackson teria
espaço garantido na equipe titular, mas Adilsão não compartilha da nossa
opinião, logo, nem no banco o menino tem aparecido. Diante das opções que nosso
treinador tem nas mãos, fica mais do que evidente o quão bem cairiam nesse time
Túlio e Fernandes. O primeiro daria a serenidade que nossa zaga precisa e muita
qualidade na saída de bola, o segundo seria o armador que hoje não temos. Muito
se reclama do Toscano – que foi bem na última partida – mas poucos levam em
consideração que o rapaz quase não recebe bolas, que precisa voltar para buscar
a jogada, marcar a subida do lateral adversário ao invés de estar posicionado
no ataque, para receber as bolas que deveriam vir do camisa 10 que hoje não
temos. Tivéssemos apenas estes dois no nosso elenco, Túlio e Fernandes, com
certeza o futebol já seria bem melhor do que este apresentando até agora.
Nossas laterais não funcionam por
falta de peças. Hélder é um pereba de pai e mãe, e comprova este status a cada
nova temporada disputada com a camisa mais bela do mundo. Não temos lateral
direita, Maylson vai quebrando um galho, mas não é o cara certo para aquela
posição. Vamos ver se André Rocha vai resolver o problema, mas acho pouco
provável que um cara parado há quase um ano, chegue e se torne a solução da
noite para o dia. O rapaz vai precisar de tempo para readquirir ritmo de jogo.
Nosso ataque é refém das preferências
táticas do Adilsão. Héber não é ruim, mas parece que já se machucou de novo.
Toscano sabe fazer gol, mas na maior parte dos jogos tem sacrificado a função
do seu ofício – fazer gols – em prol da aplicação tática que o nosso treineiro
tanto valoriza na boleirada que comanda. Diz que Ricardinho vem para “bagunçar
esquema tático adversário”, vamos ver no que vai dar. Quem sabe, com ele em
campo, o Toscano não possa ficar mais dedicado aos gols que a torcida quer
vê-lo marcar, do que aos laterais que o Adilson pede que ele marque.
Agora é jogar sério, o segundo
turno já está aí e com um cenário que pode nos ser muito favorável.
A galera do supermercado e a
turma da paquita, cada um mergulhado numa crise interna e num futebol sofrível,
terão que se desdobrar para almejarem alguma coisa diferente no varzearinense.
O que recai sobre eles não é apenas a responsabilidade do protagonismo que
deles se espera no nosso campeonato, mas o fato de um estar na série A, e outro
ter feito as contratações mais caras e badaladas entre as dez equipes que
disputam o caneco. Para dificultar estes dois, o time da Oktober vem mostrando
um futebol pequeninho, mas firme e consistente, aposto que estará entre os
quatro semifinalistas. As bailarinas oscilam entre o espetáculo e a tragédia.
Num dia fazem o melhor jogo do campeonato e garantem a vitória numa virada
sensacional, no outro perdem para o time da WEG para, em seguida, aplicar a
maior goleada do campeonato até aqui sobre o indefeso Bugre da Pinheira.
Ou seja, no meio dessa briga de
foice no escuro, temos que continuar quietinhos, na nossa, conquistando os
pontinhos necessários que nos assegurarão nas semifinais, ir melhorando o time,
tentando fazer com que os meninos do Adilsão consigam acertar passes de dois
metros de distância e, enquanto isso, deixar que o resto do povo se esfaqueie
na busca pelos pontos que acumulamos nesta primeira etapa do varzearinense.
Meu palpite para as semifinais?
Chapecoense
Joinville (campeão do returno)
Figueirense
Metropolitano
E, digo mais, apesar de não
levarmos nenhum dos turnos, ficaremos em primeiro lugar pela pontuação geral,
garantindo a decisão no Scarpellão.
Saudações Alvinegras.
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